Uma convergência entre a ciência moderna e os relatos ancestrais da fé emerge de dados surpreendentes da NASA. Modelos astronômicos da agência espacial, reportados pelo New York Post, Daily Mail e dezenas de outros veículos, sugerem que um eclipse lunar tingiu de vermelho o céu de Jerusalém na sexta-feira, 3 de abril do ano 33 d.C. – uma data profundamente entrelaçada com a crucificação de Jesus Cristo. Aquele sinistro espetáculo celeste, outrora relegado ao domínio da crença, ganha agora uma possível ressonância cósmica.
Os Evangelhos narram um período de escuridão incomum. “Do meio-dia até as três da tarde, a escuridão cobriu toda a terra”, descreve Mateus. Seria essa treva terrena um reflexo, ou um prenúncio, do fenômeno lunar? A teoria, inicialmente proposta por estudiosos de Oxford, reacende um debate milenar, encontrando eco até mesmo nas plataformas digitais contemporâneas.
A NASA observa que textos cristãos mencionam a transformação da lua em sangue após a crucificação, uma possível alusão a um eclipse lunar que confere ao satélite terrestre uma tonalidade avermelhada.
A tecnologia de rastreamento celeste da agência localizou o antigo eclipse visível em Jerusalém logo após o pôr do sol daquele dia fatídico. Para os crentes, a coincidência evoca passagens proféticas. “O sol se transformará em trevas e a lua em sangue antes da vinda do grande e glorioso dia do Senhor”, palavras proferidas por Pedro.
Enquanto alguns interpretam tais versículos como prenúncios da segunda vinda, outros veem neles a descrição dos eventos assustadores que envolveram a morte de Jesus. Textos cristãos apócrifos, como o Relatório de Pilatos, também mencionam um escurecimento do sol e uma lua cor de sangue durante a crucificação, fortalecendo a hipótese de uma testemunha celeste para o drama terreno.
A NASA, ao fornecer uma possível base astronômica para esses relatos, não busca validar a fé, mas oferece uma perspectiva intrigante sobre a possível interação entre o cosmos e um dos momentos mais emblemáticos da história humana. A rara sobreposição entre a Bíblia e a ciência convida crentes e céticos a uma reflexão mais profunda: teriam os céus de Jerusalém, silenciosamente, narrado essa história desde o princípio dos tempos?